Dia quente
A mulher
olhava pela janela. Era um dia insosso, como costumava dizer. O sol quente explodia
o céu com sua gloriosa cor; o clima era pesado, estava tudo tão seco e quente que
dava preguiça pensar em algo, por mais tolo que fosse. Do alto do terceiro
andar, por trás de janelas de vidro, a mulher via os transeuntes. Uns caminhavam
avidamente, passando vez ou outra a mão pela testa, a fim de se livrar do suor.
Outros iam devagar, talvez desanimados pelo mesmo calor, talvez apenas cansados
de viver a mesmice de suas vidas.
A mulher olhava-os e suspirava. Não se importava muito se
seus dias seriam de sol ou chuva. Queria mesmo é redescobrir a alegria de viver,
dia a dia, com a pureza das crianças, a ousadia dos adolescentes, a serenidade
e a experiência dos que se maturaram na vida. Era apenas esse seu
desejo.
Suspirou outra
vez, diminuiu a temperatura de seu ar condicionado e voltou para sua vidinha fria, tão toscamente normal, sem emoção ou calor. Sua existência a angustiava muito mais do que aquele dia quente e seco.
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Oiee, visitando ;)
ResponderExcluirNossa que texto lindo, tocante e profundo! Amei.
Beliscões carinhosos da Máh ~~♥
Cantinho da Máh
@Maaria_Silvana
Obrigada!! volte sempre que desejar. Beijo grande!
ExcluirAdorei o texto!
ResponderExcluirLegal saber que vc gostou, Ben! Apareça sempre que desejar. Um abraço!
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