Para sempre
Seguiam aquele
caminho há tanto tempo juntos que nem sequer sabiam como seria soltar a mão um
do outro. Tampouco queriam isso. Alimentavam-se do “estou aqui”. Alegravam-se pelo “vou contigo”. Emocionavam-se com o “eu te ajudo”. Anos a fio fora assim. E cada “eu te amo”, “estamos juntos”,
“quero-te ao meu lado”, “que bom ter você
aqui”, “também amo você” renovava
a cada dia a alegria de ser um a parte do outro, outro a continuação do um.
Um dia, porém,
chegou o fim do caminho para um deles. E as mãos precisaram se desunir. A dor ante
a possibilidade de separação daquelas mãos umbilicalmente imbricadas há tantos
anos era demais para ambos. Um fechou os olhos, precisava ir. Outro os abriu
para ver melhor. E se assustou, docemente. Na palma daquelas mãos disjuntas,
havia nascido uma flor alva, que reluzia, brilhante, e trazia uma tepidez
envolvente. Calmaria após os balanços do mar. Um abriu os olhos: sabia que era
a última vez. Outro retribui o olhar com um sorriso. Ambos olharam suas mãos. Era
assim, então. As mãos em flor não precisavam mais se tocar. Suas raízes
estariam juntas para sempre.
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Lindo querida! Vida ao seu amor!
ResponderExcluirQue seja assim! Obrigada por ler e comentar. Grande abraço!
ResponderExcluirque lindo, Simone!
ResponderExcluirBom saber que você gostou, Taísa! Beijo!!!
ResponderExcluirLer seus escritos traz paz e calmaria ao coração. Lava a alma, de fato. Simone, obrigada por palavras tão lindas. De verdade.
ResponderExcluirKamila, querida... Obrigada pelo carinho de suas palavras. E obrigada também por passar por aqui. Volte sempre! Saudades...
ResponderExcluirMinha linda, saudades de vocês. Adoro seus textos. Muitos beijosss!!
ResponderExcluirTânia, querida! Que saudade! Obrigada por passar por aqui e deixar seu comentário! Beijo grande!
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