quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Felicidade
Seus cabelos encaracolados balançavam-se ao Vento. Mas não era só isso. O Vento também lhe dizia segredos ao ouvido. Ela, criança que era, puramente inocente e feliz, sorria, encantada com aquele dialeto que apenas eles entendiam. Ora segredava-lhe uma canção. Ora uma historinha sobre lugares que só o Vento conhecia. Ora apenas uma frase engraçada.
A criança parou no meio da ponte que atravessava, abriu os bracinhos, erguendo-os aos céus. Arregalou os olhos, com esforço, para fitar o Sol brilhante, enquanto ouvia do Vento que aquele calor todo era um excesso de um ser que queria, a todo custo, mostrar-se superior aos demais. Apesar disso, era o Sr. Sol uma boa figura. Ela sorria e girava e dançava a música do Vento, olhando para o Sol com alegria. Era feliz ali, ouvindo o Vento, adorando o Sol, tendo sob si um lago brilhante. Era feliz e isso bastava.

4 comentários:

  1. Parabéns pela sensibilidade na escrita. Boa semana!

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  2. Todo mundo ama personificar o Sol, a Lua e o Vento. São tão simpáticos, né? Belo texto :D. Beijos!

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