quinta-feira, 11 de abril de 2013

Pai


O homem ergueu a mão para ele, mão pesada, calejada, quase rústica. Sua mão grossa tinha o peso de uma eternidade e certamente deixaria marcas na pele, na mente, na alma. Uma parte sua dizia “não bata”, a outra gritava “ele merece”. Escutou esta, ignorando aquela.
Desceu a mão sobre o menino com todo o furor, mágoa e peso que ela pudesse concentrar.
Ouviu-se um barulho seco, seguido de segundos de silêncio. 
Até que o filho explodiu em choros, balbuciando apenas, com temor, “pai!”

4 comentários:

  1. Primeiramente, parabéns ao teu 'Pai/' pelo aniversário. Quanto à escritora, renovo os 'parabéns' pela forma tão bem canalizada para uma palavra tão sublime, "PAI", quanto se é a palavra "MÃE". Só te falta explodir... Aguardo ansiosamente por esse momento.

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  2. Querido amigo, obrigada pelo carinho. Vontade de te agradecer com um abraço. Beijo grande, saudade enorme.

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  3. Gostei muito. Sou sua fã de carteirinha, desde a UNIABEU com aquelas aulas de metodologia perfeitas que não dispensava a ninguém. Você disputava com o relógio o tempo de encanto que detinha sobre os alunos da turma de pedagogia da minha época! E posso dizer que as marcas de leitura correm sobre minhas veias, trilhando seus passos. Parabéns!

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  4. Gilsiane, obrigada pelas palavras carinhosas. Bom ver você por aqui, bom saber que deixei boas marcas. Beijo grande.

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