Balão prateado
A menina abriu a
janela do carro e, assustada com o sopro de vento quente que recebeu no rosto,
acabou soltando o balão prateado em forma de estrela que mantinha junto ao
peito. Imediatamente pôs-se a chorar - choro sentido de quem vê algo que ama partir, sensação
que se repetiria (pobre menina!) ainda tantas outras vezes em sua vida.
A mãe, compadecida,
tentava acalmar a filha, repartindo o olhar entre o carinho e o trânsito, a doçura e a correria. Mas a
pequena não era daquelas que se conformam ou facilmente se deixam dobrar;
chorava ainda mais, e mais ainda a mãe se dispunha a tranquilizar a filha, dividindo a atenção entre a pista e sua menina.
O balão? Soberano e firme, ascendia aos céus, enchendo o firmamento com sua liberdade prateada.
Parabéns, Simone, poetisa e escritora, por mais uma interessante obra e pelo realismoq eu ela sugere.
ResponderExcluirObrigada, meu amigo. Pelo carinho, pelo incentivo, por estar sempre por perto, mesmo que a distância. Beijo grande.
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